domingo, maio 02, 2010

Duro baptismo


Ora viva ! Após a tentativa de ontem (frustrada, é certo) de se chegar à Alfarrobeira com 600 anos, depois de uma análise mais cuidada do percurso e introdução das coordenadas em GPS, (que ficou esquecido) lá conseguimos encontrar o que procurávamos, apesar de haver quem dissesse "a entrada não é esta, não é por aqui, olha que é mais à frente !". E cá está, como se pode ver pela imagem, os que conhecem a mota estacionada conseguem ficar com uma ideia da copa que esta árvore tem, consta que nunca foi podada, facto que lhe deu o aspecto que possui. O tronco é de uma beleza única, e consta da reportagem fotográfica do meu colega.
 Enquanto admirávamos a referida, o dono da propriedade acercou-se de nós, de tractor, com um coelho de peluche no lugar do símbolo e esteve à conversa prativamente até abandonarmos o local.
O itinerário é o que consta na imagem, sendo que arrancámos virados a Cachopo, passando por Luz de Tavira, sem que, (como de costume) a empresa Estradas de Portugal deixe de ser referida, pelos PIORES motivos. 
Entre Tavira e Águas de Fusos a viagem decorreu com normalidade, e foi possível observar uma serra algarvia, como eu nunca tinha visto antes, e os que são de cá referem que há muitos anos não a viam assim. Verde, frondosa, bonita, cheia de riachos, cursos de água, flores, muitas flores, e perfumes. Parou-se no parque de merendas do costume, local onde um casal  estrangeiro, de Autocaravana, também achou por bem estacionar. A paisagem é única, e consegue vislumbrar-se ao longe o mar. Deparámo-nos com uma situação caricata, um agricultor e o seu tractor a irem trabalhar as suas terras, e o cão do referido, pela estrada à frente do tractor, a abrir caminho, ao estilo "ovelha xoné". Os locais aparentam grande preguiça, como se pode constatar pela imagem recolhida in situ.
E assim, seguimos caminho até Cachopo para refrescarmos a alma com algo, uns quente, outros frio, uns água, outros café, outros ainda, ambas as coisas. No regresso apanhámos um par daquilo que tipicamente se designa por nem "coisam" nem saem de cima, ou seja, um parzinho de condutores de Domingo, de GPS no carrito, que andam a 30 Km/h na serra, e quando há hipótese de os ultrapassar, metem-se no meio da estrada, e aceleram para bloquear a passagem. Civismo meus amigos, este país de brandos costumes está numa crise de valores como nunca vi, vive-se  acima das possibilidades, sem respeito pelo 'outro' ... Não é por se meterem à frente dos outros, por andarem mais depressa, ou até conduzirem estupidamente que são melhores que a restante população encartada, antes pelo contrário ...
Foram 160 Km espectaculares, que espero os restantes terem gostado, pelo menos tanto quanto eu gostei, e agora uma frase que está muito na moda, se podíamos ter feito o trajecto numas 2 horas ? Podíamos, mas não era a mesma coisa !
A "nova aquisição" (duro) fez hoje um trajecto já mais longo e duro, (baptismo) pelo que se recomenda agora um tratamento de continuidade, com uma maior atenção à pressão dos pneus ! 
Enche-me essa cena com a pressão correcta, antes que malhes ! Outra coisa, não é pelo lado direito que se sai da mota !!
Ah, e já me esquecia, levámos uma "ratada" de uma V5 que conseguiu ir à nossa frente a mais de 90 Km horários, numa indiscritível fumarada em que mais parecia o Camacouve !

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