Bom, isto com as obras para o lado de Loulé, o caminho mais acessível para se chegar à EN 124 é pela EN 2, em direcção a Barranco do Velho, seguindo depois pela via pretendida. Arrancou-se cedo hoje, e devo dizer que uma estrada que é património (EN 2) é actualmente local de passagem para dezenas de camiões carregados de lixo, que vão a escorrer aqueles líquidos mal-cheirosos, e a manchar a bonita estrada em todo o trajecto, curiosamente a via de regresso não se encontra manchada, o que explica o sucedido ... É triste o tratamento que se dá às coisas ...
Em Barranco do Velho, o pendura trocou para motorista (após longa prosápia reclamatória) e o motorista para pendura, como comprova a imagem, em movimento (aquela manápula não é minha, e estava morta para ir mexer naquela manete !! Foram mais de 80 Km !)
Devo dizer que não entendo como há gente que reclama por ir no lugar do pendura ... Primeiro, um gajo vai a admirar a paisagem, segundo, não tem stress nenhum, porque por muito apertado que veja o motorista, não pode fazer mesmo nada a não ser bater no capacete, (também não dá grande resultado) terceiro, pode ir a resmungar o caminho todo, por causa do banco, por causa do Sol, por causa do vento, por causa do caracol que está atrás a fazer sinais de luzes para se andar mais depressa, etc. !
Chegados a Benafim, aproveito para colocar aqui a foto de uma pedra com painel de azulejos, com uma oração à árvore, que era bom ter em conta, e passar às gerações futuras, há que poupar (e basta isso, poupar) o que existe, para que essa biodiversidade se mantenha de futuro.
Tal como já foi referenciado aqui, este parque de merendas tem excelentes condições, um gigante sobreiro que dá uma bela sombra, a qualquer hora do dia, uma churrasqueira, e instalações sanitárias que permanecem funcionais, ao contrário de outros parques que já têm sido visitados ! Pela imagem entende-se a dimensão do sobreiro, e o enquadramento que tem no local. Pode ver-se a "montada" e o piloto que a trouxe até aqui, preparando-se para um momento de repouso após visita às tais instalações que referi.
Seguimos viagem virados a Silves, e a melhor maneira de descrever a sensação da viagem, é olhar aí para o Jack Nicholson à pendura do Capitão América ! Encontram-se muitos colegas "motards", que cumprimentam de passagem, e há que ter cuidado com aqueles moços que na EN 124, não vêem indicações nas rotundas e metem por Messines, atrás de um funeral ...
Quem vê passar o veículo, fica a olhar, como aquele (velhinho) anúncio à Diane Nazaré.
Chegados à barragem do Funcho, que se pode ver ao fundo a albufeira, por detrás do banco em que o "rider" tira um (merecido) descanso, travámos conhecimento com 2 estrangeiros que estavam a percorrer os trajectos pedestres existentes, curiosamente parecem aproveitar/gozar melhor aquilo que temos, do que nós próprios ... A paisagem é única, indescritível.
Para finalizar, uma imagem do chamado "rocket prateado", estacionado à beira da estrada, antes de seguirmos caminho até à barragem propriamente dita, o que me leva a um comentário mais mordaz. Para que serve o instituto da água, se afinal deixa cair arribas em cima de seres humanos, e a barragem e zona limitrofe aparenta estar ao abandono ? A estrada de acesso está em risco de desmoronamento, autêntico ... Uma enorme placa de xisto solta por cima da cabeça de quem passa, e o trajecto de continuação, encerrado ao trânsito, em suma, tivemos que fazer todo o caminho de volta !
Experimentámos uma sensação única. Uma árvore florida com cerca de 3 metros de altura, com MILHARES de abelhas a colher pólen, aproximámo-nos para ver de onde o zunido vinha, (ao estilo da porcaria das vuvuzelas no mundial, que aquilo já cheira mal) e parando e observando com atenção, a árvore era verde, mas com milhares de pontos negro/amarelo móveis !
No regresso para casa parámos na Guia, e insisto, temos um país de bárbaros ao volante, ele é ultrapassagens pela direita, em traço contínuo sem visibilidade nenhuma, em locais com faixa separadora (sem espaço para a ultrapassagem e um típico "chega pra lá") ... Mas nós é que levámos com um papelinho na mota, referindo que estava mal estacionada porque não estava no local próprio para o veículo em causa, e que para a próxima é favor ter mais atenção.
Devo dizer que eu só queria deixar a mota à sombra, mas sendo assim para a próxima estaciono num lugar de carro tal como é meu direito, uma vez que pago mais selo que um Mercedes, e não coloquei ninguém em risco, ao contrário do que descrevi anteriormente ! c:o)
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