quarta-feira, dezembro 28, 2011

Monchique - Ultimo passeio de 2011

Começo o post com esta panorâmica da barragem de Odelouca. 

O passeio foi combinado uma semana antes, para que não houvesse desculpas. Destino apontado para a zona ocidental da serra Algarvia, éramos 2 motards decididos a fazer a diferença. Após ouvir muita gente a dizer que também queriam ir, ficamos por três, que já é melhor que um.

A saída foi a hora combinada e lá nos fizemos a estrada N125, pois com a entrada em vigor de usas-pagas na via do elefante ex-IP1, achamos por bem não alimentar de forma injusta o monstro que é o nosso estado. Já basta a "mamagem" pelos impostos !!!

Bem politicas a parte, que não é para isso que  escrevo, chegando ao sopé da serra, fizemos um pequeno desvio para a barragem, pois mesmo sem chover ainda está com um bom volume. Claro que esta barragem ainda está em obras, mas já tem uns lugares porreiros para se fazer uns lanches. Após uns breves momentos de descanso e conversa, seguimos em direcção a Alferce e um pouco antes encontramos um caminho para as caldas de Monchique, logo viramos a esquerda e seguimos nesse caminho meio rural, que nos proporcionou umas vistas lindíssimas da serra Algarvia, não coloco fotos, pois tenho de lá ir de novo, mas, com uma máquina capaz, pois tenho de documentar tal local.

Seguindo para as caldas e apanhando a estrada até ao topo da serra a Fóia, lá já se fez sentir o frio do nosso inverno, caramba que mesmo antes de chegar ao topo já tinha descido a temperatura consideravelmente, as minhas pernas ao chegar picavam de tanto frio. Aqui ao lado uma foto do resto do pessoal que alinhou nesta pequena viagem. Os duros, do asfalto, sem medos do frio e dos enlatados !!!




Enfim chegando ao topo umas fotos e um cházinho bem quente, para aquecer a malta, nunca pensei que o chá fizesse milagres, mas acreditem que com aquele frio todo, algo quente sabe mesmo bem. Realmente quem quer pode, nesta altura já nem havia vontade de sair do café, mas havia que voltar, pois já se estava a fazer noite e a viagem ainda era demorada,  lá nos enchemos de coragem e de volta as montadas, para fazer o regresso.



Nesta foto já se sentia uns maravilhosos 5ºc, agora para baixo que aqui já não se pode ficar, ou ainda encontramos o Yeti !!!
E lá voltamos em direcção a Portimão e N125 de novo até chegar a casa.
Foram uns bons 200 Kms, segundo o Google Maps, mas o que é certo é que a malta divertiu-se e ficamos com vontade de repetir...




Aqui fica o mapa do itinerário se estiverem com vontade de lá ir...

domingo, dezembro 18, 2011

Brrrr...

Há já 2 meses que o rocket não trabalhava, e isso viu-se... Foi tentar o arranque durante uns 10 minutos, até o motor-de-arranque deixar de responder... Triste... Já sei que tenho que ter mais cuidado, mas a vida não tem sorrido, e hoje, o dia estava o mais frio de sempre do ano, e mesmo assim, saímos! Depois de o motor começar a responder (falta de combustível) arrancou e foi abaixo só uma vez, velas de iridium... Maravilha!! Engasgou um bocado nos primeiros 500 metros, e a partir daí, comportamento normal, grande máquina! Recomendo!
Mas deixemos os "disse-que-disse" e vamos aos "finalmente" (consultar Duarte Lima, não o criminoso, mas o actor de novelas brasileiro) o objectivo era um piquenique simpático, num local já conhecido. Mas o dia tinha começado a correr mal e iria continuar assim... Para a próxima levamos sandes, primeiramente levou-se chá quente dentro dum termo! Bem diferente da habitual mini, ou latita de super-bock, ou até vinhaça da boa como já tem acontecido. 
O tempo estava húmido, não havia lenha, pelo que tivemos que levar o material combustível, o que ocupou logo metade do espaço disponível! Grelha não havia, foi improvisada uma no local, mas a carne nunca chegou propriamente a grelhar, faltava um bocadinho "assim"... Felizmente era carne de vaca, se fosse porco não se conseguia comer, menos mal! No local existe uma cache (ver geocaching) mas parte da estrada onde se encontra ruíu, e procurámos, procurámos, e nada, foi o primeiro DNF do dia, a sorte parecia não querer mudar, mas acreditávamos que sim!
Com a continuação das queixas do enorme frio que estava, "dia mais frio do ano", "disparate tirar a mota com tanto frio", "vou morrer de frio", "não tens frio!?!?!", etc. lá continuámos para o segundo ponto de interesse, onde por acaso, (só por acaso) residia outra cache. Já tínhamos visitado o local anteriormente, e pensávamos nós que o sobreiro era um outro numa rua mais acima, este como fica num plano inferior, passa despercebido, mas afinal era mesmo este, IMPONENTE, é o mínimo que se pode dizer, e parece ainda maior uma vez que não lhe tiram a cortiça seguramente há muitos anos.
Ao contrário da anterior cachada, esta saltou quase imediatamente para as mãos, como se pode ver na foto, o esconderijo não é muito original, e sem dicas torna-se dificil de encontrar, mas lá apareceu. Mais dificil, ou mesmo impossível foi arranjar uma caneta para preencher a data, porque os locais têm portas de casa abertas, o carro com o motor a apanhar Sol (medida bizarra) mas material de escrita, nada...
Continuámos a viagem, mais uns quilómetros para carregar a bateria, e exercitar o corpo musculado de 43 cavalos, até ao concelho de Ílhavo, passando pelo de Aveiro primeiro, ruas vazias, centros comerciais cheios...
Parámos à frente do farol, que tem uma história engraçada (consultar) e é o maior farol de Portugal, como se pode ver pela imponência na fotografia. Nas imediações existe uma cache, que também foi "papada", mais rápida teria sido se não houvesse tantos "muggles" por perto. Aproveitámos para consumir um crepe quente, apelidado na zona de "tripa", matando assim o frio.
E lá arrancámos, que o Sol começou a pôr-se e ainda tínhamos caminho a percorrer.
A praia da Costa Nova era o próximo destino, como documenta a fotografia, mas o frio apertava ainda  mais, e a paragem foi rápida. No entanto deu para constatar que essa conversa que por aí anda de "crise" é um bocado perniciosa, é que neste passeio vislumbrámos 5 Porsches, 1 Jaguar, e uma panóplia de veículos, (que apelidámos "carro-da-crise") que apesar de serem carros de marcas ditas normais, custam o mesmo que um apartamento. Há portanto não propriamente uma "crise" geral, mas sim um fosso cada vez maior de rendimentos, entre os que mais ganham e os que ganham miseravelmente, estranhamente num País com governação "socialista" durante os últimos anos. Como seria se estivessem lá não-socialistas...? 
Talvez o mesmo, porque claramente a ideologia é coisa que não assiste a política (já lá vai o tempo) é que há deles que agora são de "direita" e não muitos anos depois passam a ser de centro-esquerda, e vice-versa. O que dá que pensar, já que um ser humano que tem uma filosofia de vida, não acorda um dia e muda completamente para uma filosofia completamente oposta! (A menos que seja caso psiquiátrico, ou haja "interesses" associados a essa mudança)
100 Km, belo passeio com muito frio e alguma fome à mistura, sabe bem sentirmo-nos vivos!