Tavira

Passou-se uma bela tarde hoje, com almoço em Tavira, na Pizzaria por muitos conhecida, e curiosamente com boas recordações para os "Duros" ... Esta é a perspectiva a partir da esplanada. MOTINHA !! :o)

Maus tratos ...

Hoje fui a Portimão, e cá está um caso de maus tratos, em plena rua das lojas, um marco que está a ser literalmente "engolido" pela calçada. Velhos tempos, em que esta rua seria movimentada, fazendo parte da E.N. 125, altura em que Lagoa se escrevia Lagôa. Felizmente está bem acompanhado por uma florista, menos mal ...

Exercício Anti-stress

Esta espécie de mésinha tem alguns requisitos, depende da época do ano, do movimento da estrada, da acessibilidade ao aparelho de anti-stress, mas caso se consiga alinhar os referidos requisitos, eis o que é necessário:

1 Cacto cheio de sementes
1 "Maluco do asfalto"
1 Capacete (de preferência, para não piorar as maleitas)
1 Máquina fotográfica (para registar o momento, não vá o gajo depois dizer que não foi ele)

Proceder como se vê na imagem, (uma vez que o Blogger não me aceitou o GIF animado) e como resultado obtém-se boa disposição entre todos os membros presentes, é um exercício muito abrangente, e com resultados práticos:

E.N. 2 - Mãe de todas as estradas (portuguesas)

Para quem não acreditava, aqui está a prova provada do que eu dizia há uns posts atrás, a mãe de todas as estradas portuguesas. Início em Chaves/Faro e final em Faro/Chaves, num total de 730 quilómetros. Foi difícil achar este marco, e digamos que durante os percursos que temos feito, alguns "duros" mais pareciam cata-ventos ! Mas a busca terminou hoje.
Curiosamente, este marco é dos poucos que ainda mostra alguns sinais de conservação, este tipo de sinalética aparece por todos os cantos partida, com a informação apagada pelo tempo, arrancada por vezes ...

Itinerário possível

Estoy e não Estói

Pois ... Já que o novo acordo ortográfico nos vai obrigar a esquecer em parte, a nossa identidade cultural linguística, para absorvermos brasileirismos como: facto passar a ser fato, húmido passa a úmido, e tantos outros ... Tudo só porque somos menos que eles !
De qualquer das formas, e já que agora temos direito a k,w e y, não estaria na altura de dar o seu a seu dono e atribuir a esta terra o seu verdadeiro nome ?
Neste caso é Estoy tal como consta nesta placa de azulejos com muita idade, ao contrário do nome que lhe dão (que ainda por cima tem leitura incorrecta) Estói !!?

Milreu

E cá está, hoje a volta foi curta (48 Km) devido a compromissos profissionais por parte de alguns dos "duros". Não quer dizer no entanto que não tenha sido agradável !
Aqui está a minha montada, com as monumentais ruínas de Milreu como pano de fundo, à esquerda, por trás da "sissy bar" pode ver-se também uma casa senhorial dos tempos medievais, que já tive a oportunidade de visitar, na altura em obras, e vale a pena. Mais informação no endereço electrónico do IPPAR.

Sagres - Fortaleza

Moderno vs Medieval

É engraçado tentar imaginar esta imagem com um deslocamento no tempo. Como seria poder confrontar alguém do século XV com uma imagem capturada a partir de uma máquina fotográfica digital, já com efeito de monocromático azul ... E depois, a máquina em si (moto) e a obrigatoriedade de usar capacete, em tempos que a segurança era algo que não tinha qualquer tipo de importância, ou valor, caso contrário, nada tinha sido feito em prol dos descobrimentos, entre outro. Valores que antes eram e agora não são, e outros que o são hoje, sem nunca o terem sido antes.

Sagres - Fortaleza (com dureza)

E aqui estão alguns dos "Duros do Asfalto" mesmo à frente da Fortaleza de Sagres. Um dos grandes problemas que tenho tido em fotografar monumentos, é este, a poluição sinalética ! 4 sinais de trânsito num sítio pacífico, e a fazer falta em tanto ponto do país, não há uma porcaria de uma estrada, actualmente, que tenha um limite de velocidade e um final desse limite, eles começam, mas nunca acabam !
Segundo se conta, Sagres herdou o nome do antigo Sacrum Promontorium, forma pela qual era conhecida a extremidade sudoeste do barlavento algarvio e em particular o Cabo de São Vicente, na Antiguidade. Existia a crença de que era aqui que os deuses se reuniam durante a noite, vindo gente de muito longe para, durante o dia, realizar vários rituais. Autores antigos referem o local como estando ligado ao culto de Saturno e Hércules.
Difícil de determinar, com precisão, a data inicial da construção da fortaleza e das suas muralhas, indicando-se como data mais provável o ano de 1443, data em que D. Henrique, filho do Rei D. João I, recebeu da parte do seu sobrinho, D. Afonso V, a região de Sagres para nela edificar uma Vila, destinada a prestar apoio à navegação que cruzava estas águas.
A Fortificação, que recebeu grandes obras durante o Século XVI, foi fortemente danificada pelos ataques de Francis Drake, corsário Inglês, em 1587, bem como pelo Terramoto de 1 de Novembro de 1755.
No centro da praça foi descoberta uma figura geométrica desenhada a pedra tosca, no solo, semelhante à estrutura de uma rosa-dos-ventos, formada por 32 raios. Pelo facto de terem sido encontrados nesse local algumas moedas do reinado de D. Afonso V supõe-se que este vestígio é contemporâneo do Infante D. Henrique.
Já agora, e numa época em que se fala tanto de globalização, eu gostaria de deixar claro, que esta teve início no século XV, com os descobrimentos portugueses, fomos nós que levámos os africanos para o Brasil, que trouxemos as especiarias do oriente, o chá, e distribuímos a nossa cultura pelos cantos do mundo, bem como trouxemos a cultura dos outros (que sempre soubemos acolher e estimar) para o nosso pequeno cantinho.

Forte do Beliche

No trajecto para a Fortaleza de Sagres, tínhamos como paragem obrigatória o Forte do Beliche (que infelizmente está muito mal-tratado, tal como tantos outros monumentos nacionais, que marcam as nossas raízes, história, cultura e ciência da época) .
Este Forte, consagrado a Santo António, foi construído nos reinados de D. Manuel ou de D. João III, em data não determinada, no entanto é anterior a 1587, uma vez que se encontra desenhado no mapa desta região aquando do ataque de Francis Drake (os "bifes" sempre gostaram do Algarve). No interior existe uma capela cujo orago é Santa Catarina.
A entrada da estrutura ostenta um escudo com as Armas Reais, e uma inscrição datada de 1632 que faz referência à reconstrução do Forte nesse ano.
O terramoto de 1755 causou-lhe grandes danos, tendo sido progressivamente abandonado.

Farol do Cabo de São Vicente

Aqui estão as máquinas com o Farol do Cabo de São Vicente como pano de fundo. Finalmente fiz esta viagem de moto, já há anos que estava para o fazer, não obstante a zona ser um bocado agreste particularmente nesta altura do ano (Outono e Inverno) devido aos ventos fortes e desagradáveis que se fazem sentir.
A primeira vez que aqui vim (já lá vão uns anos valentes, era Verão e na altura o transporte era um Fiat Uno, grande carro, nunca nos deixou ficar mal) interroguei-me como seria possível haver um negócio tão extenso de casacos e camisolas de lã, e ponchos. Questão esclarecida, quando se passa nesta zona noutro mês que não Julho/Agosto !
Momentos antes do pôr-do-Sol, as pessoas juntam-se em cima das pedras, aguardando que o Sol desapareça no horizonte, e quando isso sucede, assiste-se a um efusivo festejo acompanhado por gritos, palmas, etc. .(nunca antes tinha visto tal coisa)

Sagres - Itinerário

Desta vez a viagem foi mais longa, há que aproveitar enquanto não chove. Optámos novamente por trajecto isento de auto-estrada, para aproveitarmos as "pasteleiras" em pleno, com uma paragenzinha aqui, outra ali ...
Segundo os mapas da Google (por falar em Google, estes mafiosos cortaram-me a publicidade, "estranharam" que eu tinha passado de zero acessos para alguns acessos de vez em quando, considerando que ponho assim em risco os seus "clientes" publicitários, vá-se lá entender) são 118 Km, 2 h e 15 m até ao cabo de São Vicente, obviamente que a viagem de regresso terá de ser somada, perfazendo um total de aproximadamente 236 Km, 4 h e 30 m.
E assim fomos .... Vrummm Vrumm

Querença - Receita

Receita para limpar a casa:

1 Moto
4 Litros de gasolina
1 máquina fotográfica
Boa companhia q.b.
Capacete q.b.
Trocos para o café

Modo de proceder: Pegar na mota, e rodar aproximadamente 80 Km, com uma paragem no meio para um café, numa esplanada, de preferência na serra Algarvia. Alimentar conversa (que é como as cerejas) durante uma boa meia-horita. Ter alguma atenção relativamente aos transeuntes que olham demasiado tempo para as motas e que eventualmente lhes mexem ou pensam/tentam sentar-se em cima.
Andar devagarinho com atenção à gravilha, mas deitando nas curvas o mais possível.
Servir com uma pitada de boa disposição.

Nota: Para ficar perfeito, levar a "Maria" junto para evitar chegar a casa e ter as malas à porta.

Posso garantir que no final a casa fica limpa mais depressa, e com menos esforço, restando ainda forças para passar alguma roupa a ferro !
Também não é difícil de entender, quando na televisão está a passar a maior injecção de eleições do último mês. As tais que não quiseram no mesmo dia porque podia "confundir" as pessoas, e como se vê o resultado era o mesmo, e evitávamos ter que lá ir duas vezes e pagar a quem lá está ... Mas isto sou só eu a divagar, neste país de fracas ideias. Já agora, porque não votar via internet ? Se quiserem um sistema, eu faço-o, afinal até nem envolve grande complexidade ...

Querença - Canito

"Epá, ó Nuno, andava aqui um canito, tu viste-o ?"
"Uai !? Onde ? Não vejo népia !"

Querença - Itinerário

Serra ! Outra vez, para os "duros" é mesmo assim, quando se ganha o gosto por curvas, é difícil largar.
Segundo o Google são 71,5 Km, 1 hora e 31 minutos pela N396 e N2, mas como íamos a admirar a paisagem demorámos garantidamente mais tempo !

Vila Real de Santo António

De caminho decidimos passar por Vila Real, e fomos até ao ponto mais Este da costa portuguesa (já que infelizmente as ex-colónias que actualmente podiam ser regiões autónomas foram entregues à sua sorte durante o período da descolonização ... Mas ficámos com o Alberto João, mau negócio !). Por trás dos "duros", vê-se España ! (agora devia ouvir-se o som de maracas e tal, para ficar a apresentação completa).
Já agora um à parte, a menina de amarelo não está por acaso a espremer borbulhas, pois não !?!??
Houve uma senhora que estava a arrumar o carro e se meteu connosco, referindo que no tempo dela, andou nas inovações todas de duas rodas que havia na altura, e gostava muito de dar uma volta nas nossas montadas para experimentar a sensação de liberdade, nas palavras dela: "Deve ser fantástica a sensação de andar num maquinão desses !".
Um espírito jovem, que ainda nos pareceu mais jovem quando disse: "Já tenho 70 anos, e daqui a mais há já 1 ano !" (não aparentava ter mais de 60 ...)
Despediu-se de nós com a recomendação de que se deve andar sempre devagar, e com cuidado. C:o)

Castro Marim - Maquinaria Pesada

Aqui estão os nobres corcéis que nos proporcionaram o passeio, com um jardim de inspiração Andalusa (era o que a placa dizia !) como pano de fundo, e um moinho de vento. Desta vez não tentei sequer obliterar o candeeiro, porque ele afinal fez questão de sair nas fotografias todas (exibicionista).

Castro Marim - Dura felicitas sed felicitas !

Olá ! Desta vez fomos dar uma saltada a Castro Marim. Obviamente encontrámos uma série de típicos condutores de fim-de-semana que procuram espetar-se em tudo o que vêem, mas felizmente correu tudo bem, até nos cruzarmos com um comboio de gente com bandeiras e música muito alta nos carros ... Ainda nos interrogámos "Alguém que se casou ? Parecem tão felizes !" mas afinal não, é só a mera campanha eleitoral para mais do mesmo, não entendi o sentimento. Bom, mas já que puxei o tema da felicidade, aqui temos um dos "duros" à chegada, do qual me arrisco a ler o pensamento: "Ehhhhh que bom, já me livrei do banco do pendura !! Pelo menos por mais 5 ou 10 minutos !!!"

Castro Marim - Itinerário

O itinerário escolhido para a viagem, obviamente não incluía auto-estradas nem mariquices do género, "duro" que se preze anda em estradas "duras", os típicos caminhos de cabra que o governo da república nos faculta sem portagens. Isso lá das auto-estradas é entre Lisboa e Porto que já têm 2 ligações, não vale a pena alcatroar as nacionais e municipais fora destas duas regiões !
Assim, decidimos ir pela serra algarvia, (EN270) para quem desconhece o trajecto, eu recomendo vivamente, particularmente de moto, devagar, mas se não possuírem este tipo de veículo, qualquer "enlatado" serve. Tem paisagem bonita, se quiserem comer fruta podem pegar no caminho, (hoje optámos pelos marmelos, ontem tinham sido os medronhos) existem parques de merendas que permitem descansar durante o percurso. São 64,7 Km, perfazendo 1 hora e 16 minutos de viagem (dados do Google).
A melhor altura (para os que não sabem) para visitar o Algarve, é nas estações intermédias, ou seja, Outono e Primavera, altura em que já não há veraneantes, nem confusão e os preços das dormidas são mais em conta. É excelente.

Quinta do Lago - Montadas

Não, este POST não é um logro, trata-se apenas do seguinte, motard que se preze anda em tudo o que tenha duas rodas, e tem alguma aversão a veículos com quatro rodas. Isso da moto 4 é para quem tem carta de automóvel ! =:o)

Quinta do Lago

A primeira imagem era para ser a imagem do dia, mas ... Houve um duro que conseguiu captar a segunda, (melhor ainda!) assim fica ao critério de cada um eleger a mais interessante. Penso seriamente em abrir uma votação.

EN 2 - Miradouro - Vista

E aqui está a fotografia que prova a soberba vista que se tem no local ! Há motinhas e tudo a embelezar o sítio ... =;o)

EN 2 - Miradouro

Após o repasto, decidimos seguir pela mãe de todas as estradas portuguesas, virados a Cortelha, terras de Loulé. Curiosamente há muita gente que tem como sonho fazer a route 66, a chamada estrada mãe que rasga os Estados Unidos da América de um lado a outro, no entanto, talvez o que muita gente não saiba é que a EN 2 é o equivalente Português.
Para além da beleza, em paisagem, parques de merendas, comunhão com a natureza, (e muitas curvas) rasga Portugal de alto a baixo, de Faro a Chaves (ou vice-versa).
Este miradouro encontra-se junto a uma estação meteorológica, (sim, é assim que se escreve e não metreológica como metem no SAPO) e tem uma soberba vista que chega até ao mar.

Alportel - Fonte Férrea - Churrascada

Máquinas e comensais, prontos para esfanicar os produtos quentinhos na brasa, com uma cervejola a acompanhar (os comensais, claro). Local muito engraçado para uma churrascada, mas ... com os habituais WC's trancados (muito útil) !

Alportel - Fonte Férrea

Devido a um impedimento logístico, não foi possível irmos até Gibraltar, como andávamos a planear ... Assim, às 11 horas, telefonei a um dos duros e disse-lhe "tira a mota da garagem, vamos dar uma volta pela Europa !"
O entendimento foi perfeito, e obtive a resposta que estava à espera: "OK, vou pôr uma chouriça na mala e vamos fazer uma churrascada à Fonte Férrea !"
E assim foi ! C:o)